Tenente Diones fala sobre o Dia da Policial Militar Feminina no RS

18 de junho – Dia da Policial Militar Feminina no RS
*Por Diones Gabana de Souza

Essa data foi escolhida em homenagem a “Cabo Toco” e está prevista na Lei Estadual nº 15.213/2018,
Aquela guerreira nasceu nesta data no ano de 1902, recebendo este apelido pela sua baixa estatura.
Em 1987, a primeira turma de soldados femininos, escolhe a Cabo Toco como homenageada, espelhando-se na sua trajetória e, por isso, somos:
Destemidas
Valorosas
Guerreiras
Corajosas
Respeitadoras
Empoderadas
Idealistas
Abnegadas
Resilientes
Sendo ao mesmo tempo femininas, mães, companheiras, esposas, amigas e às vezes renunciando, ou se dedicando em razão da família ou da profissão.
E sempre com muita luta para o reconhecimento da capacidade feminina de cumprirmos nossas missões, sempre superando as expectativas externas, assim como as nossas.
Hoje temos uma mulher policial militar feminina a frente da chefia do Estado Maior da Brigada Militar.
Nao poderia deixar de fazer um breve resumo sobre a “cabo toco”, que sempre foi uma admiradora do combate, tendo aos 15 anos comprado seu primeiro revolver.
E na Revolução Assisista, a Cabo Toco se apresentou como voluntária ao 2° Corpo Auxiliar da Brigada Militar de Caçapava do Sul, se alistando como enfermeira para acompanhar as tropas, tornando-se a primeira mulher a integrar tropas da Brigada Militar.
Por salvar seu comandante em confronto armado, em Caçapava do Sul, foi promovida, a graduação de cabo, mas pelos padrões da época, sua documentação foi emitida no nome de Cabo Olmiro.
Atuou como espiã, e recusou a graduação de sargento.
Participou ainda como integrante da Brigada Militar, nos movimentos de 1924 e Coluna Prestes.
Permaneceu até o ano de 1932 na Brigada Militar.
Em 1986, após conhecimento de sua história, foi homenageada com uma música e pela primeira turma de soldados femininos.
O promotor de justiça Nilo Brum ingressou com um processo reivindicatório para pensão referente ao período que integrou a Brigada Militar.
A Cabo Toco faleceu em 21 de outubro de 1989, com 87 anos de idade.
Registro ainda a morte de outra guerreira, a Soldado Liliane Quintana, que nos deixou no dia da Policial Militar Feminina para ir ao céu e continuar a nos proteger.

Diones Gabana de Souza
Diretora da AOfERGS
1°Tenente RR feminina
Turma de soldados feminina de 1988
Turma de cabos feminina de 1989
Turma de sargentos femininas de 1990
Turma de tenentes CBA 2002-2003

*Referência bibliográfica
Artigo Cabo Toco, da Tenente Coronel QOEM Najara Santos da Silva

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