AOFERGS e entidades da segurança pública lançam nota oficial sobre a reposição das perdas

A Associação de Oficiais do Estado do RS – AOFERGS, representada por seu presidente Roberto Jose Larrossa, participou na tarde desta segunda-feira (28), da reunião das entidades representativas dos órgãos de Segurança Pública do Rio Grande do Sul, com o objetivo de debater as medidas necessárias para que o governo reconheça a segurança como serviço essencial e indelegável. As entidades emitiram uma nota oficial, apresentando melhor proposição de reposição das perdas salariais inflacionárias acumuladas.

O presidente da AOFERGS, ressalta que mais uma vez todas as entidades estão unidas, em busca de um direito que é de todos os homens e mulheres da segurança pública. “Não temos reposição desde o governo Tarso, e no decorrer destes anos, os agentes de segurança no RS são humilhados, desvalorizados e nem mesmo recebidos pelos governantes. Poucas são as vezes em que nas agendas conseguimos encaminhar algo a favor dos agentes de segurança”, destaca Larrossa.

A nota, que segue abaixo na íntegra, foi assinada pela AOFERGS, ASDEP, ACP/RS, SINPOL-RS, UGEIRM, SindiPerícias-RS, ASPAPI, AMAPERGS, ACRIGS, ASOFBM, ASSTBM, ABAMF, ABERGS e ASPRA-RS.

 

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NOTA OFICIAL DO COLEGIADO DAS ENTIDADES DA SEGURANÇA PÚBLICA DO ESTADO

Na data de hoje (28/03/22), reuniram-se todas as entidades representativas dos órgãos da Segurança Pública do Estado do Rio Grande do Sul (Polícia Civil, Brigada Militar, Corpo de Bombeiros Militar, Instituto-Geral de Perícias e Superintendência dos Serviços Penitenciários), com a pauta de debater as medidas necessárias para que o Governo reconheça a especialidade do serviço essencial e indelegável das carreiras de estado da segurança pública, apresentando proposição de reposição das perdas salariais inflacionárias acumuladas.

Diversos estados estão reconhecendo o trabalho dos agentes da segurança pública que enfrentaram nas ruas o período de pandemia em defesa da sociedade, concedendo reposições diferenciadas. Infelizmente, mesmo o governo do Estado apresentando significativos resultados na segurança pública, graças ao esforço (com a própria vida) dos profissionais da área, sequer as categorias foram recebidas para dialogar.

A situação ficou insustentável, diante de um quadro de descaso e sucessivas retiradas de direitos, de modo que o movimento ganhou a adesão dos militares.

O espírito público que pautou a reunião foi sendo constantemente inflamado com as diversas demonstrações de que há um superávit orçamentário que teve como suporte a retirada de direitos dos servidores, de modo que a reposição dos índices inflacionários do período não é concessão de nenhuma vantagem, é dever constitucional.

Diante disso, como medida inicial, as entidades civis decidiram manter a paralisação nos dias 29 e 31 de março, o que foi apoiado pelas entidades militares. Posteriormente, após a visitação aos Deputados na Casa do Povo, marcada para amanhã (29/03), outras ações de mobilização serão adotadas caso não haja uma resolução razoável por parte do Governo, dentro do prazo legal.

Segurança pública eficiente depende de servidores valorizados e respeitados, o que não está acontecendo no Estado. O erro do presente poderá afetar o serviço por diversos anos futuros!

 

 

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