{"id":14134,"date":"2023-02-16T09:16:13","date_gmt":"2023-02-16T12:16:13","guid":{"rendered":"https:\/\/www.aofergs.com.br\/?p=14134"},"modified":"2023-02-16T09:16:13","modified_gmt":"2023-02-16T12:16:13","slug":"servidores-estaduais-nao-terao-revisao-geral-de-salarios-em-2023-diz-secretaria-da-fazenda-do-rs","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.aofergs.com.br\/servidores-estaduais-nao-terao-revisao-geral-de-salarios-em-2023-diz-secretaria-da-fazenda-do-rs\/","title":{"rendered":"Servidores estaduais n\u00e3o ter\u00e3o revis\u00e3o geral de sal\u00e1rios em 2023, diz secret\u00e1ria da Fazenda do RS"},"content":{"rendered":"

\"\"<\/a>A secret\u00e1ria da Fazenda do Rio Grande do Sul, Pricilla Santana, anunciou nesta quarta-feira (15) que os servidores estaduais n\u00e3o ter\u00e3o\u00a0revis\u00e3o geral dos sal\u00e1rios em 2023<\/strong><\/a>. A decis\u00e3o do governo foi divulgada durante uma apresenta\u00e7\u00e3o das contas p\u00fablicas a jornalistas na sede da secretaria, no centro de\u00a0Porto Alegre<\/strong><\/a>.<\/p>\n

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\u2014 Me perguntam muito: vai ter revis\u00e3o este ano? N\u00e3o, n\u00e3o vai. Nossa grande batalha neste ano \u00e9 a recomposi\u00e7\u00e3o da nossa receita e a supera\u00e7\u00e3o dos impedimentos que a Lei de Responsabilidade Fiscal nos trouxe em rela\u00e7\u00e3o a despesas de pessoal. No ano que vem, a gente espera voltar com a proposta de revis\u00e3o geral. Mas, neste ano, a gente n\u00e3o enxerga possibilidade para isso \u2014 afirmou a secret\u00e1ria.<\/p>\n<\/div>\n

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Em 2022, a revis\u00e3o geral para todos os servidores\u00a0foi de 6%<\/strong><\/a>. Conforme Pricilla, o motivo para que o reajuste linear n\u00e3o seja poss\u00edvel em 2023 \u00e9 a\u00a0queda da arrecada\u00e7\u00e3o do Estado com o ICMS\u00a0<\/strong><\/a>no segundo semestre do ano passado.<\/p>\n

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Com menos dinheiro no caixa, o Rio Grande do Sul aumentou o comprometimento da receita de 41,37% para 47,88% nas despesas relacionadas ao funcionalismo. Ocorre que, quando o Estado ultrapassa o limite prudencial de 46,55%, previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal, torna-se proibida a concess\u00e3o de revis\u00e3o geral dos sal\u00e1rios.<\/p>\n<\/div>\n

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A redu\u00e7\u00e3o do comprometimento das contas do Estado com o funcionalismo dependeria de um aumento de receita, cen\u00e1rio que n\u00e3o est\u00e1 no horizonte imediato do Piratini. Na entrevista coletiva aos jornalistas, a secret\u00e1ria destacou que o governo n\u00e3o pretende propor o aumento da carga tribut\u00e1ria.<\/p>\n<\/div>\n

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\u2014 Para 2023, n\u00e3o estamos enxergando espa\u00e7o fiscal nem jur\u00eddico para a concess\u00e3o de uma revis\u00e3o geral \u2014 sentenciou Pricilla.<\/p>\n<\/div>\n

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Pelos c\u00e1lculos da Fazenda, o Rio Grande do Sul perdeu R$ 5,7 bilh\u00f5es ap\u00f3s o corte das al\u00edquotas do imposto estadual de energia, combust\u00edveis e comunica\u00e7\u00f5es de 25% para 17%. O Piratini tenta a compensa\u00e7\u00e3o dos valores no\u00a0Supremo Tribunal Federal (STF)<\/strong><\/a>\u00a0e em negocia\u00e7\u00f5es com o governo federal.<\/p>\n<\/div>\n

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Entretanto, a negativa da secret\u00e1ria n\u00e3o afeta o processo de reajuste do sal\u00e1rios dos professores estaduais, que seguem a legisla\u00e7\u00e3o federal espec\u00edfica relativa ao piso da categoria. Na ter\u00e7a-feira (14), o\u00a0governador Eduardo Leite prop\u00f4s reajuste de 9,45% para o magist\u00e9rio<\/strong><\/a>.<\/p>\n<\/div>\n

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Contas no azul<\/h3>\n<\/div>\n
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Em 2022, o governo do Estado encerrou o\u00a0segundo ano consecutivo com super\u00e1vit or\u00e7ament\u00e1rio<\/strong><\/a>. Quando somadas receitas e despesas, o Rio Grande do Sul teve saldo positivo de R$ 3,3 bilh\u00f5es no ano passado. Em 2021, o resultado j\u00e1 havia sido positivo, de R$ 2,2 bilh\u00f5es.<\/p>\n<\/div>\n

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Os n\u00fameros s\u00e3o considerados favor\u00e1veis pela Secretaria da Fazenda, apesar da preocupa\u00e7\u00e3o com as perdas do ICMS. Pesaram a favor do super\u00e1vit as reformas previdenci\u00e1ria e administrativa, as receitas extraordin\u00e1rias obtidas com privatiza\u00e7\u00f5es e a ades\u00e3o ao regime de recupera\u00e7\u00e3o fiscal.<\/p>\n<\/div>\n

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A secret\u00e1ria espera que o Estado consiga compensar as perdas do imposto estadual no STF e diz que, caso n\u00e3o obtenha \u00eaxito, ir\u00e1 buscar formas de conter as despesas.<\/p>\n<\/div>\n

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\u2014 Espero n\u00e3o ter que fazer um choque de despesas. Posso dizer com muita clareza o que n\u00e3o ir\u00edamos cortar: sa\u00fade, educa\u00e7\u00e3o e seguran\u00e7a.<\/p>\n<\/div>\n

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O\u00a0balan\u00e7o das contas j\u00e1 havia sido apresentado<\/strong><\/a>\u00a0de forma mais gen\u00e9rica pelo governador\u00a0Eduardo Leite<\/strong><\/a>, em 31 de janeiro. Na ocasi\u00e3o, Leite falou sobre a redu\u00e7\u00e3o do ICMS e disse que “o Estado foi atingido por uma decis\u00e3o de n\u00edvel nacional que promove um desequil\u00edbrio”.<\/p>\n<\/div>\n

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Pelo lado da arrecada\u00e7\u00e3o, entraram R$ 282 milh\u00f5es a menos no cofre do Estado em 2022 na compara\u00e7\u00e3o com 2021. J\u00e1 as despesas tiveram redu\u00e7\u00e3o de R$ 1,4 bilh\u00e3o \u2014 a queda ajuda a explicar o super\u00e1vit or\u00e7ament\u00e1rio no per\u00edodo.<\/p>\n<\/div>\n

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As despesas com pessoal subiram de R$ 31,1 bilh\u00f5es para R$ 33,1 bilh\u00f5es, aumento de praticamente R$ 2 bilh\u00f5es (varia\u00e7\u00e3o de +6,3%).<\/p>\n<\/div>\n

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J\u00e1 os investimentos, alavancados pelo programa Avan\u00e7ar, tiveram subida significativa de R$ 2,4 bilh\u00f5es, para R$ 3,8 bilh\u00f5es.<\/p>\n<\/div>\n

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\u2014 Infelizmente, os recursos de privatiza\u00e7\u00e3o n\u00e3o podem ser utilizados para custeio. Tem uma veda\u00e7\u00e3o expressa na Constitui\u00e7\u00e3o federal, s\u00f3 podem ser usados em investimentos. O recurso\u00a0(da privatiza\u00e7\u00e3o)\u00a0<\/em>da\u00a0Corsan\u00a0<\/strong><\/a>n\u00e3o ser\u00e1 \u00fatil para cobrir o furo do ICMS \u2014 diz a secret\u00e1ria.<\/p>\n

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Sindicato diz que situa\u00e7\u00e3o \u00e9 “inaceit\u00e1vel”<\/h3>\n<\/div>\n
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A Fessergs, sindicato que representa os servidores p\u00fablicos estaduais, disse que foi surpreendido negativamente com o pronunciamento da Secret\u00e1ria da Fazenda. O presidente da federa\u00e7\u00e3o, S\u00e9rgio Arnoud, criticou a decis\u00e3o:<\/p>\n<\/div>\n

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\u2014 \u00c9 inaceit\u00e1vel que a maior parte dos servidores sofram mais um congelamento, fiquem com reposi\u00e7\u00e3o zero, uma vez que ficaram oito anos sem reposi\u00e7\u00e3o da infla\u00e7\u00e3o e tiveram um reajuste de 6% no ano passado, sendo que a infla\u00e7\u00e3o nesse per\u00edodo supera os 60%. Os trabalhadores p\u00fablicos t\u00eam dificuldades para se locomover ao trabalho, pois recebem apenas uma passagem, ganham R$ 12 de vale alimenta\u00e7\u00e3o e v\u00e3o ficar \u00e0 margem de outras categorias que v\u00e3o receber reposi\u00e7\u00e3o? Queremos uma posi\u00e7\u00e3o oficial do governador Eduardo Leite.<\/p>\n<\/div>\n

Fonte: GZH \/ Bruno Pancot<\/p>\n

Imagem: Gustavo Mansur \/ Pal\u00e1cio Piratini<\/p>\n<\/div>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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