A\u00a0proposta de reajuste de 6% nos sal\u00e1rios dos servidores\u00a0do Rio Grande do Sul, que sequer come\u00e7ou a tramitar na Assembleia Legislativa, j\u00e1 repercute negativamente entre os funcion\u00e1rios p\u00fablicos. As entidades de classe que representam os setores afetados pela medida s\u00e3o un\u00e2nimes nas cr\u00edticas ao \u00edndice definido pelo Pal\u00e1cio Piratini.<\/p>\n
O argumento \u00e9 de que os sal\u00e1rios n\u00e3o sofrem nenhuma modifica\u00e7\u00e3o desde 2015, e que a infla\u00e7\u00e3o acumulada no per\u00edodo supera, e muito, a marca dos 6%. A \u00fanica categoria que n\u00e3o tem os sal\u00e1rios regidos pela regra geral \u00e9 a dos professores, que tamb\u00e9m teve reposi\u00e7\u00e3o abaixo do esperado pelos sindicatos no fim do ano passado.<\/p>\n
\u201cIsso parece uma cusparada no rosto de milhares de servidores que vivem, em pleno 2022, com os sal\u00e1rios de 2015. \u00c9 uma afronta. Quando a infla\u00e7\u00e3o acumulada passa de 52%, receber 6% \u00e9 uma ofensa a toda a categoria\u201d, afirma o presidente da Federa\u00e7\u00e3o Sindical dos Servidores P\u00fablicos do Estado do Rio Grande do Sul (FESSERGS), S\u00e9rgio Arnoud.<\/p>\n
Profissionais da seguran\u00e7a p\u00fablica prometem protestos<\/strong><\/p>\n A falta de reajuste \u00e9 motivo de protestos entre os servidores civis e militares da seguran\u00e7a p\u00fablica. Na ter\u00e7a-feira, policiais civis, agentes penitenci\u00e1rios e peritos promoveram um ato em frente ao Pal\u00e1cio da Pol\u00edcia. A mobiliza\u00e7\u00e3o vai se repetir amanh\u00e3, e conta com o apoio dos sindicatos que representam os agentes da Brigada Militar e Corpo de Bombeiros.<\/p>\n \u201cA proposta \u00e9 uma afronta \u00e0 seguran\u00e7a p\u00fablica. Tentam maquiar os n\u00fameros, dizem que est\u00e3o tendo super\u00e1vit, ao mesmo tempo em que arrocham os nossos sal\u00e1rios. Queremos a reposi\u00e7\u00e3o dos quatro anos de governo, mais de 20%\u201d, ressalta o presidente do Sindicato dos Agentes da Pol\u00edcia Civil do Rio Grande do Sul (UGEIRM Sindicato), Isaac Ortiz.<\/p>\n A corre\u00e7\u00e3o geral de 6% deve resultar em um impacto anual de R$ 1,5 bilh\u00e3o. Em 2022, o montante ser\u00e1 dividido em duas partes (parcela retroativa, referente a janeiro, e o restante). O Piratini argumenta ainda que o projeto resulta de \u201ctr\u00eas anos de reformas, rigoroso controle de despesas e medidas de moderniza\u00e7\u00e3o da arrecada\u00e7\u00e3o\u201d.<\/p>\n